O portal LeoDias descobriu que ex-funcionários de Hytalo Santos e seu marido estão os processando por assédio moral e sexual, além de dívidas trabalhistas. As denúncias, já protocoladas, detalham escalas de trabalho de mais de 48h sem descanso e mais.
Em um dos casos, a vítima foi contratada para desempenhar papel de segurança do casal, controle de acesso às residências, escolta, fiscalização de movimentações suspeitas. No entanto, após algum tempo de serviço – feito todo o tempo sem registro oficial, apenas um combinado verbal – passou a trabalhar como motorista, sem receber mais por isso.
O salário, a princípio de R$ 600 por dia, também não tinha um valor fixo, e passou a ser pago mensalmente, alternando entre R$ 7 mil e R$ 9,6 mil.
“Sua jornada de trabalho era oficialmente estipulada em 24 horas seguidas de trabalho por72 horas de descanso.Contudo, na prática, era constantemente exigido a cumprir escalas de 48 até 72 horas contínuas, sem substituição, repouso ou possibilidade de revezamento. Nessas ocasiões, especialmente em viagens, a privação de sono, de higiene, de conforto e de alimentação adequada se acentuava de maneira gravíssima”, diz o documento ao qual este veículo teve acesso.
Ainda de acordo com o processo, uma das vítimas foi dispensada em 18 de março de 2025, após sete meses de serviço, “de forma arbitrária, sem aviso prévio, sem justificativa e sem o pagamento de qualquer verba rescisória (…) desde então, o reclamante permanece sem qualquer compensação pelos direitos sonegados”.
Em determinado momento, o texto detalha o assédio sexual sofrido pelo mesmo segurança acima citado, quando, enquanto “no exercício das suas funções, foi forçado a presenciar atos sexuais praticados” por Hytalo e o marido “ou com terceiros, inclusive no banco traseiro do veículo que dirigia”.
Ao procurar a justiça, um dos seguranças pede cerca de R$ 520 mil e o outro R$ 700 mil, por assédio moral, sexual e o pagamento das dívidas trabalhistas.
O portal LeoDias tentou contato com Hytalo Santos mas não teve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Leo Dias