A Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão temporária do ex-namorado de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que foi encontrada morta em Cajamar, na Grande São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 5. Ela ficou uma semana desaparecida, e o corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição, com marcas de violência, em um sítio.
De acordo com a Polícia Civil, foram colhidos depoimentos de 14 pessoas, entre elas o ex-namorado da vítima, que teve pedido de prisão temporária decretado pela Justiça. As diligências estão em andamento para cumprir o mandado de prisão.
O advogado da família de Vitória afirma que o depoimento do ex-namorado apresentou inconsistências, e Vitória possivelmente não foi morta no local onde o corpo foi encontrado. A defesa também alega que possivelmente houve tortura, segundo informações da CNN Brasil.
Na tarde de quarta-feira, o corpo da adolescente foi localizado e reconhecido por familiares. Foram requisitados exames periciais e exames ao IML para o corpo da vítima. Os laudos estão em elaboração, segundo a Polícia Civil.
Entenda o caso
Vitória morava na região de Cajamar e trabalhava em um restaurante dentro de um shopping. Até que no dia 26 de fevereiro, por volta de meia-noite, ela saiu do trabalho, entrou em um ônibus para ir para sua casa, mas não chegou.
Durante o trajeto, em troca de mensagens por WhatsApp com uma amiga, ela comentou que estava com medo de dois rapazes que estavam no ponto de ônibus. Um deles subiu no ônibus com ela, mas não desceu no mesmo ponto. Ela chegou a relatar para a amiga que estava mais aliviada.
À polícia, testemunhas disseram terem visto um carro com quatro homens a seguindo depois que ela desceu do ônibus e caminhava em direção à sua casa. O pai de Vitória relatou que sempre a buscava no ponto de ônibus, mas que naquele dia seu carro estava em uma oficina e ela voltaria a pé.
*Com informações do Estadão Conteúdo
