A audiência de conciliação entre o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e os sindicatos dos motoristas de transporte coletivo de João Pessoa terminou sem acordo nesta quarta-feira (29). Durante a reunião, foram apresentadas quatro propostas e contrapropostas em busca de um acordo para o fim da greve, o que foi rejeitado pelos representantes da categoria. Com isso, a decisão foi encaminhada para o Pleno do TRT.
Na audiência, a desembargadora-presidente do TRT-13, Herminegilda Leite Machado, e o representante do MPT reapresentaram uma proposta de reajuste linear de 5% nos salários dos trabalhadores em 2025 feita pelas empresários. Além disso, foi sugerido um aumento escalonado no valor do vale-alimentação, que passaria de R$ 440 para R$ 500 imediatamente. Em junho de 2025, o benefício subiria para R$ 550, chegando a R$ 600 em 1º de dezembro do mesmo ano.
A proposta apresentada prevê um acordo com duração de dois anos e estabelece que, em 2026, o vale-alimentação de R$ 600 receba reajuste com base no índice oficial da inflação. No entanto, essa proposta encontra resistência por parte dos sindicatos, que alegam a necessidade de condições mais favoráveis para os trabalhadores. Diante do impasse, a audiência foi encerrada e a questão foi enviada ao Pleno e deve ser votada pelos 10 desembargadores que compõem a Corte.
A greve dos motoristas de ônibus tem impactado significativamente a mobilidade urbana na capital paraibana, afetando milhares de passageiros que dependem do transporte coletivo. A retomada da audiência às 17h30 será decisiva para definir os próximos passos na negociação e a possível suspensão da paralisação.
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