Uma jovem de 26 anos estava a caminho da ceia de Natal em família quando foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Washington Luís (BR-040), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O caso aconteceu na noite desta terça-feira, 24. Menos de 24 horas depois, os agentes envolvidos na ação foram afastados. A vítima segue em estado gravíssimo.
Em entrevista à TV Globo, a família de Juliana Leite Rangel relatou que estava indo para uma festa de Natal quando ouviu a sirene da polícia e trocou de faixa para dar passagem. Foi quando os agentes dispararam contra o carro. O pai da jovem, que dirigia no momento do tiros, foi atingido na mão.
“A gente viu a polícia e até falou ‘vamos dar passagem’. A gente deu e eles não passaram, pelo contrário, eles começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, gente, foi muito tiro, muito mesmo”, disse Deyse Rangel, mãe de Juliana.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Duque de Caxias, a jovem deu entrada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) às 21h12 de terça, levada pela PRF. Às 14h desta quarta-feira, 25, o quadro de saúde de Juliana seguia gravíssimo.
“A paciente, atingida por arma de fogo (PAF) em crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. No momento, segue internada no CTI, entubada e com quadro gravíssimo”, informa nota enviada ao Terra.
Procurada, a PRF informou que já afastou os agentes envolvidos no caso e abriu um inquérito para apurar o episódio. “A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF, determinou abertura de procedimento interno para apuração dos fatos relacionados à ocorrência da noite de ontem, na BR-040, em Duque de Caxias/RJ”, diz pronunciamento.
A PRF ainda garantiu que colaborará com quaisquer informações que ajudem na investigação do ocorrido.
“Os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais. A PRF lamenta profundamente o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, destaca nota.
Terra