Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, acusada de matar o próprio filho de 6 anos de forma brutal, morreu às 1h20 da madrugada desta quinta-feira (17) no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, na capital paraibana. Segundo informações do hospital, a causa da morte foi uma infecção generalizada. A mulher estava internada em estado grave desde o incidente, que ocorreu no mês passado.
O crime aconteceu na madrugada do dia 20 de setembro, no bairro Mangabeira, em João Pessoa. Segundo relatos, moradores ouviram os gritos da criança e acionaram a Polícia Militar. Quando os agentes chegaram ao local, encontraram Maria Rosália visivelmente transtornada, segurando duas facas e a cabeça de seu filho, Miguel Ryan, já degolada. A mulher tentou atacar os policiais, sendo baleada com 14 disparos antes de ser contida.
Mesmo ferida e algemada, Maria Rosália ainda tentou se matar, pegando uma tesoura, mas foi impedida pelos policiais, que chamaram imediatamente uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ela foi socorrida e levada ao hospital, onde permaneceu na UTI até a confirmação de sua morte.
Relembre o Caso
Na madrugada do crime, vizinhos de Maria Rosália acionaram a polícia após ouvirem os gritos de Miguel Ryan dentro do apartamento onde morava com a mãe. Ao chegarem ao local, os policiais se depararam com a mulher sentada, segurando a cabeça da criança no colo. Ela já havia matado o filho e, ao ver os policiais, tentou atacá-los, mas foi neutralizada.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, após ser ferida pelos tiros, a mulher tentou cometer suicídio com as facas que usou no crime, mas foi contida. Ela foi socorrida e levada ao Hospital de Emergência e Trauma, onde passou quase um mês internada em estado grave.
Apurações posteriores revelaram que Maria Rosália já havia demonstrado sinais de distúrbios mentais e chegou a ser internada no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, em João Pessoa, antes do trágico incidente.
O corpo de Miguel Ryan, de apenas 6 anos, foi enterrado no Cemitério Campo Santos, na cidade de Pedras de Fogo, região metropolitana de João Pessoa, no sábado (21 de setembro), sob forte comoção. O velório aconteceu em Itambé, município vizinho, e foi marcado pela tristeza e consternação dos familiares e amigos.
Segundo informações da família, Miguel vivia com os avós maternos, mas passava alguns dias da semana com a mãe. O pai da criança, que não vivia com eles, pretendia buscar o filho no domingo seguinte ao crime para passarem o dia juntos.