Prefeito de Criciúma e mais nove são presos por suspeita de corrupção em licitação funerária

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Por redacao
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O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), e outras nove pessoas, foram presas na manhã desta terça-feira (3), durante a segunda fase da Operação Caronte.

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A ofensiva, desencadeada pelo GEAC (Grupo Especial Anticorrupção) e GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas) busca responsabilizar os envolvidos em um grande esquema de fraude em licitações no serviço funerário da cidade.

Prefeito de Criciúma é preso por fraude em licitações

A informação foi confirmada pelo colunista e apresentador do Grupo ND João Paulo Messer.

Em nota, a Administração da cidade informou que “está ciente do fato e está reunida para entender melhor o cenário pra emitir um posicionamento”.

Operação Caronte prende 10 pessoas em Santa Catarina

As ordens judiciais para prisão preventiva foram cumpridas nas cidades de Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José. Na primeira fase da operação, sete pessoas foram presas.

Os envolvidos foram denunciados, no dia 20 de agosto, pelos crimes de organização criminosa, fraudes licitatórias e contratuais, corrupções, crimes contra a ordem econômica e economia popular.

Operação cumpriu mandados em Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e São José – Foto: MPSC/ Reprodução/ ND

Funcionamento do esquema foi revelado com exclusividade em uma série de reportagens do ND Mais

Em cinco reportagens especiais, o ND Mais detalhou como funcionava o esquema que fraudou licitação pública, com a anuência do poder público, e lesou a população de Criciúma.

Em trocas de mensagens, interceptadas durante a investigação, ficou comprovado que os denunciados promoveram a mudança em leis municipais, alterações em documentos e, até mesmo, em valores estabelecidos para concorrência na licitação de Criciúma.

De acordo com o denúncia, os grupos empresariais Crematório Catarinense e Bom Jesus; Menino Deus e Frasseto Serviços Funerários; e Recanto da Paz e Criciúma Serviços Funerários se uniram em uma só organização criminosa, e, alinhados ao núcleo público, assumiram a Central de Serviços Funerários.

O objetivo do grupo, segundo a denúncia do MPSC, foi o de modular, de acordo com seus próprios interesses, os valores e a qualidade das urnas e serviços funerários, mesmo aqueles tabelados, no município, visando maior lucratividade e monopólio dos serviços.

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