A Justiça Eleitoral indeferiu a representação movida pelo PSOL de Campina Grande contra o candidato a prefeito Artur Bolinha (PL). A decisão foi proferida pela juíza Daniela Falcão Azevedo, da 17ª Zona Eleitoral, que considerou improcedentes as alegações do partido.
O PSOL havia solicitado a retirada de uma propaganda eleitoral do Instagram de Bolinha, além de uma multa, investigação criminal e a cassação de sua candidatura. A representação foi motivada por um vídeo no qual o candidato teria feito um gesto associado a supremacistas brancos, semelhante ao realizado pelo ex-assessor de Jair Bolsonaro, Filipe Martins.
Entretanto, a juíza concluiu que o gesto em questão, que consiste na união do polegar com o indicador e três dedos levantados, apesar de identificado como um símbolo de ódio por algumas organizações, ainda é amplamente utilizado para indicar aprovação ou que “tudo está bem”. A magistrada destacou que, no contexto em que foi apresentado, o vídeo não configurava incitação ao racismo ou ódio contra minorias.
Com base na análise dos documentos e na falta de provas que corroborassem as alegações do PSOL, a juíza indeferiu o pedido de tutela provisória, mantendo a propaganda de Artur Bolinha em circulação e garantindo sua candidatura.