O ex-vereador de Belo Horizonte e sindicalista Ronaldo Batista, acusado de ser o mandante no assassinato de Hamilton Moura, também vereador do município de Funilândia, na região Central de Minas Gerais, irá a Júri Popular na próxima segunda-feira (29 de julho). O crime aconteceu em 2020, no bairro Vista Alegre, na região Oeste de Belo Horizonte
Além do ex-político, outras seis pessoas também serão julgadas no dia. Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Ronaldo era presidente da Federação dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário de Minas Gerais (FETTROMINAS), enquanto a vítima já tinha sido presidente do Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de Belo Horizonte e Região (SIMECLODIF), oposição sindical à entidade do então vereador.
“A vítima passou a não só fazer oposição e arrebatar sindicalizados, bem como contribuições outrora dirigidas ao Sindicato presidido pelo denunciado Ronaldo, mas também a vítima passou a ajuizar ações em face do referido réu, por meio de seus associados e Sindicatos afins, bem como a representar contra o mesmo perante o Ministério Público do Trabalho (MPT)”, detalha a denúncia feita à Justiça sobre a motivação do crime.
Com isso, por vingança, Ronaldo Batista teria encomendado por cerca de R$ 40 mil a morte do opositor. O valor teria sido repassado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte de Contagem (Sintetcon), Santos Mendes da Rocha, também preso na época pela Polícia Civil.
Relembre o crime
Aos 58 anos, o vereador Hamilton Dias de Moura (MDB), foi encontrado morto em 23 de julho de 2020 no bairro Vila Alegre, região Oeste de Belo Horizonte. O político estava dentro de um carro, no banco do motorista, com perfurações de arma de fogo em seu corpo.
Sob a orientação do ex-vereador, os suspeitos criaram um perfil falso e se passaram por compradores de um lote que o sindicalista estava vendendo. Um falso encontro foi marcado, quando ocorreu o crime.
O tempo