A diretora de uma escola de cursos do Rio foi arrastada por metros por um carro depois de pedir que a motorista retirasse o veículo de uma vaga escolar na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. As câmeras de segurança da unidade flagraram a cena.
As imagens mostram que um carro prata estava estacionado na calçada da unidade escolar, que fica no Jardim Guanabara, na manhã do dia 18 de junho. Duas pessoas entram no veículo. Em seguida, Raquel Schwab vai em direção ao carro e fala com a motorista.
Ela sai da unidade e vai até o veículo, pelo lado da condutora. A câmera flagrou o momento que ela se apoia na porta e em poucos segundos acaba sendo arrastada.
“Eu falei com ela do quintal duas vezes e ela fingiu que não estava me ouvindo, por isso eu saí. Ela parecia nervosa, abaixou parcialmente o vidro. Eu fiquei de frente pra ela e apoiei a mão na janela”, comentou Raquel.
Segundo Raquel, a motorista ligou o carro e fechou a janela, mas a mão dela acabou ficando presa. Ela foi arrastada em alta velocidade por alguns metros, até que caiu.
“Essa rua é uma via de mão dupla e estava vindo outro carro na minha direção. Eu só pensei: ‘eu tenho que correr na mesma velocidade para não cair na pista’. Em vez de ela reduzir, ela aumentou a velocidade. Foi uma situação chocante para quem viu, como meu marido. É traumatizante”, disse.
Com a queda, Raquel acabou desmaiando ao bater a cabeça. O marido dela, que presenciou a cena, acionou o Corpo de Bombeiros, que fez o socorro até o Hospital Evandro Freire.
A motorista tentou fugir, mas foi interceptada pelo marido da vítima. Hematomas pelo corpo, fraturas no pé e pontos na cabeça foram alguns dos machucados causados. Mas, para Raquel, o trauma foi maior.
“Infelizmente, o meu pé ainda não melhorou. Na ressonância viram possíveis contusões. O susto, isso com certeza fica muito forte. A situação foi muito inesperada”, relembrou Raquel.
Ela conta que passou semanas sem conseguir voltar ao trabalho, com medo de que alguém fizesse algo com ela ou sua família.
“Mesmo com a preocupação do que poderia acontecer, eu tive que voltar. Em nenhum momento ela se preocupou ou perguntou como eu estava me recuperando. Foi um trauma para mim, para a minha família. Eu não podia nem tomar banho sozinha, ainda estou me locomovendo com dificuldade”, comentou.
“É preocupante a que ponto estamos chegando em sociedade. Eu me sinto ainda vivendo esse pesadelo”, completou Raquel.
A advogada Aline Cabral, que atua no caso em defesa da vítima, explica que a polícia foi acionada e o exame de corpo de delito foi feito no Instituto Médico Legal. A 37ª DP (Ilha do Governador) investiga o caso.
Professora espancada em briga de trânsito
Um outro caso semelhante, no mesmo bairro, tomou repercussão nesta semana. Uma professora foi espancada e arrastada depois de uma briga de trânsito na Ilha na sexta passada (5).
Diana Campos Lopes conta que estava chegando em casa quando ligou a seta para sinalizar que entraria na garagem. Um casal estava devagar na pista da direita e acabou fechado por Diana, mas não houve batida.
Enquanto Diana aguardava o portão do condomínio abrir, o casal parou o veículo mais à frente e desembarcou. Eles arrancaram Diana da direção e começaram a espancá-la.
Socos e chutes foram desferidos, e ninguém apareceu para apartar a briga. Em seguida, o homem acelerou com o carro e arrastou Diana por mais alguns metros.
G1