Pai é preso suspeito de estuprar filha de 17 anos dentro de UTI

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Por redacao
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São Paulo — Um homem de 59 anos foi preso, suspeito de estuprar a própria filha em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital de São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo. O crime teria acontecido em maio.

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A adolescente de 17 anos foi violentada pelo pai no leito da unidade. A jovem tinha sofrido uma parada cardiorrespiratória após fumar um cigarro eletrônico. A menina é diagnosticada com asma e tinha esquecido o medicamento, por isso passou muito tempo sem oxigênio. Ela ainda está internada e com sequelas.

Equipes do hospital começaram a desconfiar da reação “anormal” da menina quando o pai se aproximava. A frequência cardíaca da jovem chegava a marca de 190 batimentos por minuto, número muito maior que o considerado normal, algo em torno de 50 a 90 batimentos por minuto.

Além disso, a paciente também chorava, se debatia e tentava gritar ao ver o próprio pai, revelaram os médicos, de acordo com apuração do programa Profissão Repórter, da TV Globo.

Ao notar essa agitação, os médicos decidiram gravar as atitudes do pai com a filha durante umas das visitas dele na UTI.

Em imagens feitas por um telefone, o pai é flagrado acariciando os seios da menor por baixo do avental e tocando as pernas da menina. Além disso, testemunhas disseram à autoridade do 2°DP de São Bernardo que os vídeos também expuseram o homem abrindo a fralda da filha e acariciando sua vagina. O pai ainda dava beijos excessivos no pescoço e no peito dela.

A vítima passou por um exame de corpo de delito do Instituto Médico Legal (IML). O resultado confirmou que as lesões apresentadas pela adolescente são compatíveis com a prática de “atos libidinosos”. Além disso, também confirma que a agressão ocorreu recentemente.

O homem foi preso preventivamente no dia 14 de maio e responde pelo crime de estupro de vulnerável. Ao Metrópoles, a delegada responsável pelo caso, Kelly Cristina Sacchetto, afirmou que o inquérito está sendo revelado só agora, pois corria em segredo de Justiça por envolver uma menor de idade. Segundo ela, o papel da polícia já foi encerrado e que agora a investigação está com a Justiça.

A defesa do pai negou “veementemente” a acusação em nota enviada ao Profissão Repórter. Além disso, o advogado do acusado disse que as gravações apresentadas à investigação não confirmam a prática do crime e, por isso, o homem deve ser considerado inocente até que o crime seja provado.

Em entrevista à TV Globo, a mãe da jovem e esposa do acusado disse que “ele não fez nada”. A mulher ainda alegou que as acusações estão “destruindo a sua família e que eles são dependentes” do homem.

Ainda de acordo com a reportagem, a adolescente continua internada e não tem previsão de alta. A equipe médica que a atende disse que, apesar de não conseguir se comunicar, a vítima entende o que acontece ao seu redor.

Relatos de testemunhas também apontam que o homem insistia em fechar as cortinas para poder ficar sozinho com a filha quando chegava na UTI. O comportamento chamou atenção dos médicos e enfermeiros. As cortinas precisavam ficar abertas para que sinais como batimentos cardíacos pudessem ser monitorados pela equipe no local.

A investigação ouviu sete integrantes da equipe de enfermagem que teriam presenciado os abusos sexuais. Uma das enfermeiras disse que pediu para a paciente piscar forte caso tivesse medo do pai e, segundo a testemunha, a vítima confirmou.

Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou a prisão do suspeito no último dia 14 de maio e afirmou que, junto com ele, foi apreendido um computador. O homem segue preso.

Metropoles

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