O prefeito do município de Coremas, Irani Alexandrino (Republicanos), foi entrevistado nesta quarta-feira (27), no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, e alegou que a sua gestão não é o alvo da Operação Galeno, deflagrada pela Polícia Federal na manhã dessa terça-feira (26), para investigar supostos crimes de fraude em licitação, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no referido município.
Segundo Irani, o alvo da Polícia Federal não foi o atual secretário de Saúde, mas sim o ex-chefe da pasta, que é o viúvo da então prefeita Francisca das Chagas, conhecida como Chaguinha, que faleceu vítima de Covid-19 em março de 2021. Irani Alexandrino só assumiu a prefeitura após a morte da prefeita.
O prefeito, no entanto, pondera afirmando que não está colocando a culpa na ex-gestora, mas apenas se defendendo dos boatos que surgiram contra ele após a veiculação da operação.
Ele reforça que desde 2022 não há mais contrato com a empresa citada nas investigações da PF, que estaria supostamente sendo favorecida por licitações da prefeitura. “Estou aqui para esclarecer. Graças a Deus eu não devo, a minha gestão é transparente”, disse.
O prefeito falou também que em nenhum momento se esquivou da Polícia Federal e passou a terça-feira cumprindo expediente na prefeitura. Ele esclareceu ainda que nem a sede da prefeitura e nem sua casa foram alvos da operação.
“Levantei tranquilo, trabalhei o dia todinho na prefeitura, porque na verdade eu não temo, porque quem não deve não teme, então não saí de Coremas, estou em Coremas, estou à disposição. Em nenhum momento a polícia ligou para mim”, disse.
Irani garante que vai contribuir com as investigações da Polícia Federal se precisar. “Estou 24 horas se precisar, estou pronto para colaborar, o que depender de mim eu estou aqui para ajudar a polícia. Eu mesmo sou contra coisa errada, eu acho que quem faz errado tem que pagar”, concluiu.
ENTENDA A INVESTIGAÇÃO
As investigações apontam indícios de que licitações realizadas pela Prefeitura Municipal de Coremas para fornecimento de medicamentos, entre os anos de 2017 e 2022, foram direcionadas para favorecer uma empresa vinculada aos investigados, totalizando pagamentos que alcançaram R$ 1.133.771,87, sendo que boa parte foi advinda do Fundo Nacional de Saúde (FNS).
Foram expedidos cinco mandados de busca e apreensão pela 8ª Vara Federal de Sousa, que foram cumpridos nas cidades de Coremas e João Pessoa.
Diário do Sertão