Vídeo mostra mulher momentos antes de ser morta pelo namorado

redacao
Por redacao
5 Leitura mínima

Um vídeo obtido pela reportagem do Correio registrou os momentos que antecedem o assassinato de Paloma Jenifer Santos Ferreira, de 26 anos, pelo companheiro Franco William de Lima Macedo, 32. O crime ocorreu na tarde de segunda-feira (30/9), na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.

- Publicidade -
Ad image

As imagens mostram um homem de camisa branca aguardando na porta da residência enquanto Franco William, vestindo uma camisa listrada, se prepara para sair. Quando ele entra no carro, Paloma surge nas filmagens, aparentemente discutindo e tentando impedir que ele deixe a casa. Logo depois, ambos retornam para o interior do imóvel. São as últimas imagens de Paloma Jenifer com vida. Veja.

De acordo com o delegado Pablo Aguiar, da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), em coletiva na noite de segunda-feira (30/9), o casal também teria discutido antes de Franco William disparar no peito da vítima dentro de casa. “Após a briga, ele informou ao pai dele que havia disparado acidentalmente contra a namorada”, informou o delegado. 

De acordo com Aguiar, o suspeito já tinha condenações por roubo e porte ilegal de arma. “Ele cumpria penas de quatro e dois anos por esses crimes”, detalhou. Franco William estava em regime domiciliar desde junho de 2023.

Participe do nosso Canal no Whatsapp

Após cometer o crime, Franco William foi para a casa do pai e, em seguida, se dirigiu à residência de amigos em Taguatinga, onde acabou sendo encontrado e preso. A arma utilizada no crime foi localizada entre dois pneus de um veículo em uma borracharia próxima à casa dos amigos do suspeito. 

No local, ao perceber a chegada dos policiais, o acusado tentou escapar pela janela. “Ele pulou a janela, mas foi capturado no quintal. Os policiais notaram que ele mancava da perna direita. Acreditamos que, durante a fuga para Taguatinga, ele torceu o tornozelo”, explica o delegado.

Arma encontrada na borracharia, ao lada da casa em que o suspeito foi preso
A arma foi encontrada em uma borracharia, ao lado da casa onde o suspeito foi preso pelos policiais civis da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires)(foto: Pablo Giovanni/CB/DA/Press)

Alegações

Já na delegacia, o suspeito afirmou que não tinha a intenção de matar Paloma, alegando que o disparo foi acidental, enquanto ele manuseava a arma. “Nós o confrontamos, pois tínhamos provas de que houve uma discussão antes do crime. Ele se calou e disse que não falaria mais nada, apenas afirmou que amava a vítima e não queria tirar a vida dela. No entanto, acreditamos que o disparo não foi acidental. Em um momento de raiva, ele matou a vítima, que estava indefesa. Foi um crime brutal”, detalhou Aguiar.

Além de ser autuado por feminicídio, Franco William também foi indiciado por tráfico de drogas. Na casa onde ocorreu o crime, os policiais encontraram cocaína e uma balança de precisão, o que indica que ele, possivelmente, realizava a venda de entorpecentes na região. 

Paloma não morava com o acusado, mas os dois se encontravam quase diariamente. Este é o 15º caso de crime por questão de gênero registrado este ano no Distrito Federal, de acordo com o Painel do Feminicídio, da Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP-DF).

Antecedentes

Franco William de Lima Macedo tem antecedentes criminais. Ele foi condenado a quatro anos de prisão por um assalto cometido em 2022, na Colônia Agrícola Vicente Pires, no Distrito Federal. De acordo com o inquérito policial, ele abordou uma mulher dentro de um carro enquanto o marido dela havia saído do veículo, deixando a chave na ignição. Armado com uma faca, o acusado entrou pela porta do motorista e ordenou à mulher, que estava no banco do passageiro, que saísse do veículo, repetindo: “Desce, desce, desce”. Após a vítima desembarcar, ele fugiu com o carro.

Um policial que passava pelo local presenciou a ação e iniciou uma perseguição, chamando apoio de uma viatura. Durante a fuga, Franco William voltou ao local do crime e tentou escapar a pé, mas foi capturado pelos agentes.

Na delegacia, o homem alegou ter confundido o carro da vítima com o seu próprio veículo e negou ter feito ameaças. Ele também afirmou estar sob o efeito de cocaína no momento do crime e questionou sua sanidade mental. Apesar das alegações, foi condenado pelo assalto.

Correio Braziliense

Compartilhe esta notícia