UFPB registra primeira cultivar de acerola desenvolvida na Paraíba

O registro da cultivar foi realizado em setembro deste ano

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Por redacao
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O Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER), realizou o primeiro registro de uma cultivar de acerola (Malpighia emarginata DC.), denominada ‘Rubi-PB’.

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Em 2019, essa cultivar foi plantada no Viveiro de Fruticultura do Departamento de Fitotecnia e Ciências Ambientais (DFCA) do CCA/UFPB para a produção de mudas e realização dos ensaios de Valor de Cultivo e Uso, essenciais para o registro oficial. Em setembro de 2024, o material foi validado no Registro Nacional de Cultivares (RNC), sendo a primeira fruteira desenvolvida e registrada no estado da Paraíba.

O desenvolvimento da ‘Rubi-PB’ resultou de sucessivos ciclos de seleção em massa de populações do banco de germoplasma da antiga Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária (Emepa). Após essa fase, o material genético passou por testes de progênie e foi multiplicado por estaquia, uma técnica que consiste em retirar parte da planta, como um ramo, folha ou raiz, e colocá-la em um meio adequado para gerar uma nova planta.

O objetivo foi obter uma variedade superior de acerola, que se destacasse em produtividade, teor de sólidos solúveis, sabor e coloração da polpa em relação a outras variantes.

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A iniciativa foi encabeçada pela agrônoma Gerciane Cabral da Silva, técnica da Emepa (agora EMPAER), com as professoras Rejane Nunes de Mendonça e Naysa Flávia Ferreira do Nascimento, responsáveis pelo Laboratório de Fruticultura e Melhoramento de Plantas do CCA, além da servidora Jandira Pereira da Costa, do DFCA.

Segundo a professora Naysa Flávia, o registro de uma cultivar é um marco importante para o desenvolvimento da região e do setor agrícola.

“O registro desta cultivar terá um impacto significativo na cadeia produtiva da acerola em nível nacional, além de promover o desenvolvimento regional. Isso ocorre porque a cultivar apresenta um elevado teor de ácido ascórbico e antocianinas, nutrientes essenciais que trazem benefícios à saúde. Além disso, ela possui um grande potencial de agregar valor, graças à preservação do sabor e à sua coloração vermelho-escarlate mais intensa e estável ao longo do tempo de armazenamento”, explicou a professora.

Para a agrônoma Gerciane Cabral, o registro representa uma realização pessoal e profissional.

“O registro dessa cultivar é a concretização de um sonho e uma conquista que vai além do âmbito pessoal, tendo grande relevância para minha carreira. Esse avanço beneficiará produtores, pesquisadores e consumidores, impulsionando o setor agroindustrial de maneira significativa”,  comentou a agrônoma. 

Ainda segundo a professora Naysa Flávia, essa última etapa é crucial para o melhoramento e proteção das inovações no setor agrícola.

“O registro de cultivares é a etapa final de um programa de melhoramento genético. Ele é essencial para proteger inovações, garantir a qualidade e fomentar o desenvolvimento do setor. Este é um marco histórico para o CCA, para a produção de frutíferas na Paraíba e no Nordeste, e reforça nosso compromisso com a inovação e o avanço da agricultura no Estado”, concluiu a professora.

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